Contrariando todas as expectativas - já que mal tinha tido contato com Poli durante toda a gravidez - Papai Inverno apareceu no hospital para ver o parto. Os habitantes de Henford-Upon-Badgley se juntaram, colocaram Poli num cavalo e a levaram a tempo para o hospital.
Na sala de parto, Poli foi colocada na cama pela doutora Rajida que logo ligou as máquinas que retirariam o bebê da barriga dela. Como uma coisa poderia ser tão horrível e mágica ao mesmo tempo? Poli só conseguia pensar que não tinha nem pensado em nomes para a criança que estava prestes a vir ao mundo.
A única pessoa sorrindo naquela sala era a doutora Rajida. Poli estava anestesiada e cansada. A bebê - sim, era uma menina - chorava bastante. Tudo dentro da normalidade. A doutora perguntou: e aí, qual o nome dessa criança?
Poli já se levantou, pegou a bebê no colo, olhou para aquela coisinha e definiu: Poliana! Como nada fazia sentido na vida de Poli e tudo era aleatoriamente controlado pela pessoa que joga o jogo e os ~algoritmos, os rumos dessa história foram definidos. Nasceu Poliana, futura mãe de 100 crianças.
Já em casa, Poli reorganizou os móveis e investiu o dinheiro das mentorias numa cama mais confortável para ela. Isso faria toda a diferença, pois, depois de ter conversado com metade da vizinhança com filhos, descobriu que uma boa noite de sono era algo precioso. Assim que se instalou, Poli recebeu uma ligação de Papai Inverno convidando para um date na piscina pública. Ela aceitou.
O date, obviamente, era para nadarem pelados na piscina. Ele só perguntou uma vez sobre a bebê e já quis fazer ~outras coisas~ que velho safado! Poli não ia deixar isso ficar assim!
Ela levantou o dedinho e começou a falar: olhe aqui meu querido ou você se interessa por sua filha, ou eu vou garantir que ela saiba o cretino que você é, tóxico, que me abandonou sozinha na sala de parto e, um dia depois dela nascer, me chamou para nadar pelada com você numa piscina pública... Ela falou as verdades e ele saiu, pensativo. As expectativas já eram baixas, agora estavam abaixo de zero.
Exausta, Poli dormiu pelada mesmo no sofá do clube. Ela já não ligava mais para nada.
A vida continuava e os vários amigos de Poli vinham visitar Poliana recém-nascida, uma bebê que chorava como qualquer bebêzinho. A casa estava mais ou menos limpa e, por algum motivo, Poli continuava vestindo de vez em quando a roupinha do hospital. As pessoas realmente são aleatórias.
Passados alguns dias praticamente com Poli e Poliana dentro de casa, sobrevivendo, já era hora de Poliana virar um bebê de colo. Godofredo apareceu para recomendar a Poli uma babá - lembrando que ele é milionário - completamente descolado da realidade em que ela vivia. Ela anotou o número da babá, para quem jamais ligaria.
E, assim, terminamos mais um episódio. Em breve, Poliana viraria um bebê de colo e teria vários desafios pela frente: aprender a levantar a cabeça, a segurar objetos e a sorrir. As tarefas de Poli eram mais complicadas, mas será que ela estava pronta? O conselho tutelar estava sempre de olho nas mães... mas na casa do Papai Inverno ninguém ia bater, né?!
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