Selfie de Uaba com headphones segurando uma caneca de café

Sentada aqui olhando pro teto evitando minhas obrigações com a cabeça cheia de pensamentos e precisando esvaziar (quase) tudo em escrita. Comprei uma máquina de café nova e agora consigo fazer café direto numa caneca térmica. Isso significa que agora vou derreter muito mais neurônios por dia com café (e outras coisas). Alguns dias penso que meu objetivo na vida é fazer cada vez menos sinapses, pensar menos, até virar uma ameba sem uma unidade de pensamento sendo produzida. Aí eu vou conseguir olhar pro teto e realmente apenas olhar pro teto.

Ilustração de um sapinho sentado. Está escrito "out in the world not knowing anything"

Dia desses esbarrei com esse sapinho da imagem na rede social de fotos. Curti, compartilhei e ainda tirei um print. Apenas porque eu acho que nossa vida inteira é mais ou menos isso: todo mundo espalhado pelo planeta, sem saber de nada. Quem acha que sabe de tudo, normalmente é quem menos sabe. Mas deve ser bom ser essa pessoa, pois pelo menos ela vive com algumas certezas na vida. Eu não tenho certeza de nada. Vivo no mundo da incerteza, da dúvida (insegurança?), do não-saber. Cada unidade de tempo que vem e vai é um grande ponto de interrogação.

E aí eu vou além, me questionando: devo? não devo? por que faço algumas coisas? por que deixo de fazer? quando fazer? e se eu nunca conseguir fazer? (tomei um gole de café e tava gelado, talvez a caneca não seja tão térmica assim) para quem estou fazendo isso? para mim? quem? E aí as pessoas que me conhecem dizem: Uaba, você está indo longe demais, hora de parar. Sim, normalmente elas estão certas.

Mais uma música tocando e me fazendo pensar mais um pouco. Como eu só percebo as coisas depois de um tempo. Como só penso nas melhores respostas para algumas conversas dias, semanas ou meses depois que elas aconteceram e eu já dei uma resposta ruim. Como eu guardo e enterro os sentimentos dentro de mim e nunca jamais as pessoas vão saber como eu realmente sinto, a não ser quando eu explodir e meus pedaços se espalharem por aí revelando tudo.

I wish we could open our eyesTo see in all directions at the same timeOh what a beautiful viewIf you were never aware of what was around youAnd it is true what you saidThat I live like a hermit in my own headBut when the sun shines againI'll pull the curtains and blinds to let the light in
Sorrow drips into your heart through a pinholeJust like a faucet that leaksAnd there is comfort in the soundBut while you debate half-empty or half-fullIt slowly rises: your love is gonna drown
Música: Marching Bands of Manhattan - Death Cab for Cutie

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