Livros de 2025 - Parte 1

 


As leituras de 2025, de janeiro a junho, tiveram altos e baixos. Ano passado senti que li livros excelentes, mas este ano eu li alguns que não me agradaram. Também precisei ler sobre Inteligência Artificial e coloquei dois livros na lista porque acredito que todas as pessoas deveriam se informar sobre o assunto para fazer escolhas conscientes sobre "usar ou não usar", entender o que ainda é obscuro e as utilidades. Vamos lá aos comentários que dividi em "meus preferidos" onde, obviamente, falo sobre os livros que mais gostei de ler e "não são para mim", com os livros que não gostei tanto ou não me surpreenderam.

Meus preferidos

Todos os de Édouard Louis - Estou viciada nesse autor desde o ano passado e já comprei o novo dele. De janeiro para cá, li "Mudar: Método", um relato sobre a metamorfose do autor da pobreza à burguesia sem romantismo algum. Li também "Monique se liberta", que me parece uma continuação de "Lutas e metamorfoses de uma mulher", sobre a mãe do autor e como ele a ajudou a sair de (mais) um relacionamento abusivo. Por fim, li "Quem matou meu pai", um livro bem curtinho com um final devastador. Gosto muito da escrita de Édouard e dos temas que ele aborda porque, ao mesmo tempo em que ele conta uma história, ele conversa sobre o processo de escrita, os propósitos da literatura e situa a história no tempo sócio-histórico.

A Fábrica, de Hiroko Oyamada - Apesar de ser um livro curto, demorei bastante para terminar. São muitas informações e confusões nesta história e elas parecem não se conectar nem fazer sentido, assim como alguns trabalhos no mundo capitalista. É uma alegoria meio Revolução dos Bichos, mas sem a parte da fantasia, sobre o mundo do trabalho. Gostei bastante e espero que a autora continue surpreendendo.

A terra dá, a terra quer, de Antônio Bispo - Comprei esse depois de ouvir o episódio do podcast da 451 com uma entrevista do autor. Queria compreender melhor a relação de outras pessoas com a terra, a natureza, a arquitetura e esse livro apresenta muitas ideias antigas que parecem revolucionárias para quem não se conforma e percebe o esgotamento dos recursos naturais a todo momento em nome do "progresso". São tantas ideias que acredito que precisarei ler essa obra mais algumas vezes para absorver tudo.

Não são para mim

De Quatro, de Miranda July - A melhor coisa desse livro é a tradução de Bruna Beber e só. A história é chata e a protagonista é uma burguesa descolada da realidade que faz coisas "chocantes", mas que eu achei apenas ridículas. Ela engana, mente, manipula e se acha desconstruída - e, desconfio, moralmente superior - por isso. Abandonei na metade e não achei nada revolucionário, libertador ou qualquer outro adjetivo que tenham dado a essa história.

Os Despossuídos, Ursula K. Le Guin - Me dói um pouco não ter gostado tanto quanto eu esperava deste livro. Eu, porém, não tenho o hábito de ler ficção científica, então isso pode ter influenciado minha apreciação deste livro. A história é intrigante, os universos criados são ricos, mas eu fiquei entediada em diversas partes. É um bom livro, só não é meu tipo de leitura.

Não vou falar sobre todos os livros que li, pois este post ficaria muito longo e eu também não quero. Entretanto, se quiser minha opinião sobre qualquer outro livro da foto, pode pedir nos comentários que responderei com prazer. Mantenho meu perfil no GoodReads razoavelmente atualizado e ficarei feliz em seguir de volta quem me seguir lá. Em dezembro ou janeiro farei a parte 2 com os livros lidos no segundo semestre de 2025. 

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